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Quatro árbitros de futebol chineses, entre os quais Lu Jun, o mais conceituado do país, foram esta quinta-feira condenados a penas de prisão entre os três e os sete anos por viciação de resultados.
Lu Jun, que esteve presente no Mundial 2002 e nos Jogos Olímpicos Sydney 2000 e é conhecido pelos adeptos como "apito de ouro", foi condenado a cinco anos e meio de prisão e ao pagamento de uma multa de 128 mil dólares (cerca de 98 mil euros), por manipulação de resultados em oito partidas.
Huang Junjie, Zhou Weixin e Wan Daxue, os outros três árbitros condenados num mediático julgamento que decorreu em Dandong, foram punidos com sete, três e seis anos de prisão, respectivamente, por manipulação em vários jogos, alguns dos quais internacionais.
Em tribunal, Huang Jungie confessou ter sido subornado para viciar, em 2007, o resultado do encontro amigável entre o Manchester United e o Shenzhen FC, garantindo que o clube chinês não teve conhecimento dessa tentativa.
Zhou é conhecido por em 2004 ter sido responsável pelo facto de o Beijing Guoan -- actualmente treinador por Jaime Pacheco - ter abandonado um jogo por suspeitas de viciação de resultados.
Os tribunais condenaram também a penas de prisão vários responsáveis da Superliga de futebol, entre os quais o director Lu Feng, por dar e receber subornos.
Os julgamentos contra altos quadros da federação chinesa de futebol e árbitros, acusados de viciação de resultados e apostas ilegais começaram a 19 de Dezembro do último ano.
Em 2009, as autoridades chinesas lançaram uma campanha contra a corrupção que durante anos imperou na liga chinesa de futebol, que segundo muitos adeptos contribuiu para a diminuição de qualidade da competição.
Os escândalos no futebol - o desporto com mais adeptos no país - levaram a televisão estatal a deixar de emitir jogos da Liga devido ao desinteresse dos telespectadores e à falta de patrocinadores.
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