FPF: Madaíl aumentou salários antes de sair

Antes de abandonar a presidência da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl reviu os salários de alguns funcionários, com aumentos que atingiram os 50%, diz "A Bola".

Gilberto Madaíl não saiu da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sem antes deixar um presente a alguns funcionários. O ex-presidente da direcção aumentou os ordenados de vários trabalhadores, apesar de há uns meses ter recusado qualquer revisão dos vencimentos.

De acordo com a edição impressa do jornal "A Bola" de hoje, terá havido aumentos de 20% - confirmados por Lamas Pacheco, ex-vice-presidente para a área financeira -, e até mesmo de 40% e 50%, em casos particulares.

"O dr. Madaíl disse que não iria fazer uma revisão geral dos vencimentos de todos os trabalhadores da FPF, mas é verdade que aumentou alguns deles, sobretudo os do sector dos recursos humanos, em percentagens próximas dos 20%, tanto quanto sei", explicou Lamas Pacheco.

De acordo com o ex-vice-presidente para a área financeira, a FPF emprega 120 funcionários a tempo inteiro e mais alguns em regime de recibo verde, mas Lamas Pacheco não sabe precisar os números do encargo mensal com os vencimentos dos trabalhadores.
"Nisso, Madaíl era bom!"

O antigo dirigente não comenta os aumentos dos salários, mas adianta que a decisão de Gilberto Madaíl "foi tomada pouco antes da apresentação das candidaturas de Fernando Gomes e Carlos Marta ao ato eleitoral".

De acordo com o Relatório e Contas de 2010/11 (ficheiro PDF) , a FPF obteve receitas de €40 milhões e teve despesas próximas de €38 milhões.

Actualmente, a FPF tem €25 milhões nos cofres (€9 milhões provenientes do apuramento para o Euro-2012), segundo Lamas Pacheco, que elogia a capacidade negocial do ex-presidente.

"O dr. Madaíl conseguiu negociar uma dívida de cerca de €4 milhões, que já vinha do tempo do Euro-2004, para passarmos a pagar apenas €1 milhão, e em duas parcelas de €500 mil, o que até já foi realizado. Nisso, ele era bom!"

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